Entrando no metrô esta semana, comecei a metaforizar e encarar o vagão como a nossa vida, e percebi que muitas vezes não sabemos quanto tempo nossa viagem vai durar, pessoas entram e saem, deixam marcas, ou passam desapercebidas, pessoas diferentes inimaginaveis, pessoas comuns e sem tempero, pessoas que acrescentam e ajudam, e pessoas que entram e vandalizam. Pessoas de passagem rápida, ou que rotineiramente vemos. Pessoas que amam estar lá, ou que detestam. Pessoas que intendem a importancia da nossa existencia, e pessoas que acreditam que sempre haverá algo melhor que a gente.
Pessoas que fazem até bem, e pessoas que só querem o mal. Pessoas que através de nós, conhecem outras pessoas, e outras quem fingem nem se quer ter outras a volta.
Pessoas de jeitos diferentes, pessoas de estilos e culturas diferentes. Altos, baixos, jovens velhos, pessoas que tem um lugar especial, e pessoas que querem ocupar o lugar que não é de direito deles.
Pessoas vivas e felizes, pessoas que parecem estar mortas e doentes.
Pessoas que nem imaginam realmente porque estão com a gente, e pessoas que sabem exatamente pra onde querem ir.
Nesta viagem ouvimos, conversas e dialogos, sobre assuntos atuais ou antigos, momentos de nostalgia e lembranças que pra muitos não faz sentido nenhum, fofocas, discussões, brigas, risos, gritos, choro de sofrimento ou alegria.
Assim passamos por todas as estações, e um fato que nunca muda, eh que essas pessoas se vão.
Se elas vão voltar ou não, nem elas sabem. Porem o condutor SEMPRE está la. Enquanto o vagão estiver em movimento ELE ESTARÁ LÁ. Não importa o que aconteça, onde quer que o metrô passe o condutor está fazendo seu trabalho.